A Memória da Pessoa /O Destino da Sociedade. Rússia Artistas: Maxim Ksuta Nikita Pirogov Svetlana Pozharskaya Dmitry Vyshemirsky Curadora: Irina Chmyreva em parceria com PhotoVisa, International Festival of Photography, Russia O século 20 foi
um divisor de águas para a própria história. Como o estudo do passado, a
história passou a ser reconhecida como uma investigação subjetiva e um
instrumento a ser utilizado na manipulação da opinião pública, em outras
palavras, ideológico. A própria história, como campo de investigação e
narrativa, tornou-se crítica em suas implicações para a vida social e política.
Conseqüentemente, o século XX pode ser visto como uma época de conflito sobre o
controle dessa disciplina, que incluiu vitórias individuais na luta pela
memória pessoal. Estudos históricos
parecem ser a ciência mais frágil sob a pressão dos regimes didatoriais. Hoje
há burocratas e agentes políticos que consideram a história como um instrumento
exclusivamente ideológico. Eles acreditam que podem orientar sua direção,
abrindo caminhos de exploração e cancelando outros, retocando e revisando o que
o público recebe, transformando suas páginas em palimpsestos. Só que a História
é um campo guardado não por eles, mas por seres humanos comuns. São essas
pessoas que buscam um sentido mais autêntico do passado, sem a manipulação do
Estado. Para a Rússia
contemporânea, a luta por um estudo independente da história é um dos mais
importantes conflitos entre o Estado e o indivíduo. O estado cada vez mais se
volta para a tirania. O indivíduo exige a liberdade de lembrar, o que inclui o
direito de pedir perdão, assim como compreensão frente ao portão escuro da
eternidade. Atrás desse portão estão gerações de pessoas assassinadas em nome
de "um futuro mais brilhante". Esta é uma seleção
de obras de quatro artistas de diferentes gerações. Dmitry Vyshemirsky
é um pioneiro na luta pela memória histórica das vítimas do regime de Stalin.
Vyshemirsky foi um dos primeiros fotógrafos a mostrar a realidade dos campos de
prisioneiros de Stalin, uma realidade duvidada por gerações de cidadãos
soviéticos comuns que acreditavam que os campos eram uma ficção, uma propaganda
criada por inimigos do Estado soviético. No início do
século 21, a fotógrafa Svetlana Pozharskaya, corajosamente, decidiu contar a
verdadeira história de sua família. Olhando para as gerações futuras e
preocupada que as memórias das gerações passadas sejam perdidas após a sua
morte, ela explora fotograficamente o seu arquivo familiar. O jovem artista
Nikita Pirogov, em diálogo com as fotografias de seu avô, usa suas imagens para
investigar a natureza de seu progenitor, procurando entender seu avô como
artista e homem da Rússia do século XX. Usando a mariposas
noturnas como metáfora, o artista e filósofo Maxim Ksuta criou uma bela peça
simbólica sobre o significado da memória. Atraídos pela luz, sem memória e sem
a experiência de seus ancestrais, as mariposas morrem no fogo. Na Rússia
contemporânea, Memória e Tradição são dois dos tópicos mais discutidos na mídia
de massa. Muitos defensores, pertencentes a diferentes campos políticos, olham
para o passado para encontrar apoio para suas posições. Ao mesmo tempo, a
história que é sincera e franca, particularmente em suas páginas sombrias,
torna-se cada vez mais indesejável na discussão pública. Esta exposição é
dedicada à história, sua tristeza e à promessa de se tornar a alma protetora da
humanidade. Sobre Irina Chmyreva:
Irina Chmyreva, Ph.D. abertura 3 de abril, 20h até 30 de abril galeria interARTividade, Pátio Batel, piso L3 (Av. do Batel, 1868, Curitiba/PR) Entrada Franca |
O HOMEM ATRAVESSADO Uma projeção de Fotografia sobre a obra de Mário Macilau curadoria de Ângela Berlinde A obra de Mário Macilau constitui-se como um dos mais sensíveis e comoventes retratos de Moçambique. Nascido em Maputo ali tem construído o palco da sua missão fotográfica, desenvolvendo uma prática inquieta no campo da fotografia, pautada pelo desconforto e por uma obsessiva busca em torno da fotografia que atravessa o coração dos homens. Esta projeção pretende revelar o universo autoral de Mário Macilau à luz da contemporaneidade e da fotografia documental, onde pertence por vocação. Existe no coração de Macilau um conflito entre a culpa e a necessidade de intervir sobre a realidade que documenta. O seu trabalho representa uma tentativa de “iluminar as vidas frágeis e fugazes dos retratados e de lhes proporcionar um espaço de libertação, onde podem compor a sua imagem e reflectir sobre si próprias.” Portugal Fevereiro de 2018 abertura 6 de março, 20h de 7 a 31 de março de 2018 galeria interARTividade, Pátio Batel, piso L3 (Av. do Batel, 1868, Curitiba/PR) Entrada Franca |
Balneário
Alegria e L.ATino Artistas:
Pedro Vieira e Tiago Coelho >>> Sobre Milena Costa, Pedro Vieira e Tiago Coelho AIREZ galeria de artistas independentes |