MARCO ZERO / GROUND ZERO: PRAÇA DA SÉ
(visitado em junho/2016 visited on June/2016)
O Marco Zero
que encontramos hoje na praça da Sé é o quarto de uma série de tentativas de
fixar uma centralidade material na cidade, com a função de marcar o início da
numeração das vias públicas e rodovias estaduais, como referência para a
medição das linhas ferroviárias, aéreas e telefônicas.
O primeiro
marco ficava em frente à primeira igreja da Sé, na altura da atual rua
Venceslau Brás. O segundo não era um monumento específico, mas a torre da
segunda igreja. Posteriormente, foi criado um monumento ao lado da mesma
matriz, retirando da igreja a função de demarcar a centralidade urbana. No
começo do século XX, a igreja da Sé foi demolida, bem como vários imóveis no
seu entorno, para dar lugar à nova Catedral e à grande praça à sua frente.
São Paulo
deixou de ter um marco zero, mas a quilometragem das estradas era determinada
por vários pontos espalhados pela cidade. A estrada São Paulo - Rio, por
exemplo, tinha por referência um marco localizado na Penha e a estrada São
Paulo - Minas, um marco em Perdizes. O jornalista Américo R. Netto, membro da
Associação Paulista de Boas Estradas, preocupado com a ausência de
centralidade, lançou a proposta de se retomar a idéia de um marco zero para a
cidade em 1921. Recorreu ao artista francês Jean Gabriel Villin para os
desenhos e concepção da obra. A idéia de Américo Netto, contudo, somente
encontrou respaldo em 1932, quando o projeto foi aprovado pelo Prefeito Antonio
Carlos Assumpção.
O marco, em
forma de um prisma hexagonal revestido de mármore, foi instalado em frente à
Catedral em 1934. Uma placa de bronze exibe um mapa das estradas que partem de
São Paulo com destino a outros estados. Em cada face do marco, figuras
inscritas representam o Paraná por uma araucária; o Mato Grosso pela vestimenta
dos Bandeirantes; Santos por um navio, de cujo porto saía o café, maior riqueza
do país no período; do Rio de Janeiro recorda-se o Pão de Açúcar e suas
bananeiras; Minas Gerais por materiais de mineração profunda, enquanto Goiás é
lembrado por uma bateia, material de mineração de superfície.
O Marco Zero
expressa a ideologia do período em que foi concebido e implantado: um forte
sentimento paulista ressalta o papel central do Estado de São Paulo na formação
do Brasil. Mais que uma simples referência espacial, o Marco Zero é um
monumento, pleno de valor simbólico.
Junto à
praça está a gótica e bizantina Catedral Metropolitana de São Paulo, a antiga
Igreja Matriz construída em 1588 e reformada em 1954, no aniversário de 400
anos da cidade, configurando, até hoje, a maior igreja de São Paulo, com 92
metros de altura. Sob o altar-mor encontra-se a cripta da Catedral. A visitação
da cripta é paga e precisa ser acompanhada de um guia da igreja. Assim como
toda cripta de catedral, na cripta da catedral da Sé também serve como
"cemitério". Alem dos restos mortais dos bispos e arcebispos de São
Paulo, encontram-se aqui os restos mortais do Pe. Bartolomeu de Gusmão o
inventor da Passarola, do Pe. Feijó, regente do Brasil e do Índio Tibiriçá
(cacique que teve papel importante na fundação da cidade), destaque para a
tumba dos dois últimos ornamentada com esculturas em bronze.
Lá ainda é
possível avistar as estátuas de Padre José de Anchieta e do apóstolo Paulo, que
dá o nome a cidade, as imponentes Palmeiras Imperiais, além de diversas obras
de artistas plásticos como "Os Pássaros", de Felícia Leiner;
"Diálogo", de Franz Weissmann; e "Espaço Cósmico", de
Yutaka Toyota.
(english)
Originally
proposed by journalist Américo Netto in 1921, the project to mark an official
center of the city with a monument was not adopted until 1932 by mayor Antônio
Carlos de Assumpção. Prior to this period, streets and highways were numbered
based on at least three different marcos zero scattered around São Paulo. Netto
wrote his ideas in the Estado de São Paulo newspaper and Boas Estradas magazine
(where he was an editor) complaining of the confusion that this decentralized
approach caused. Four months prior to the inauguration of Marco Zero, Netto
compared this new monument to both the Zero Milestone in Washington, DC and to
the Milliarium Aureum (golden milestone) in Ancient Rome.
Since it was
installed in 1934, Marco Zero on the Praça da Sé has remained the official spot
from which roads, highways, rail lines, and telephone lines are marked.
(fonte:
wikipedia, www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/patrimonio_historico/adote_obra/index.php?p=8290,
http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/4200-praca-da-se,
http://historiaeviagem.blogspot.com.br/2013/06/praca-da-se-marco-zero-de-sao-paulo.html)
|